O povo brasileiro tem a fama de ser um dos mais criativos do mundo, e durante o carnaval deste ano não poderia ser diferente. Em todos os quatro cantos do país as músicas que mais ecoaram pelas ruas e festas de carnaval foram paródias com críticas diretas ao governo Bolsonaro e suas medidas anti-direitos, de ataques ao bolso da classe trabalhadora, privatizações e entreguismo das riquezas nacionais.
Um dois maiores gritos de resistência foi o tema campeão do carnaval do Rio de Janeiro, apresentado pela Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira. A escola realizou seu desfile anual com o tema “História para ninar gente grande”, onde pedia justiça e reconhecimento de brasileiras e brasileiros que fizeram a diferença e lutaram por justiça social no país, mas que são parte da “história que a história não conta”.
A Mangueira também homenageou Marielle Franco em sua música tema, cantando: “Brasil, chegou a vez de ouvir as Marias, Mahins, Marielles, malês”. Além de levar para seu desfile oficial uma bandeira gigante com o rosto da vereadora.
Faltando apenas 9 dias para completar 1 ano do brutal assassinato da companheira Marielle e seu motorista Anderson, até agora não foi apresentado nenhum resultado positivo sobre as investigações de quem mandou e executou o crime. Nós da Alternativa Socialista apoiamos a criação de uma Comissão de Investigação Independente, composta por representantes da sociedade civil, organizações sociais, familiares e peritos.
Não acreditamos que um Estado que pode estar comprometido até a medula com esse crime possa levar as investigações até o fim e muito menos elucidá-lo. No próximo dia 14 precisamos voltar às ruas exigindo justiça para Marielle e Anderson, a responsabilização dos culpados e denunciando a repressão a todas e todos as/os lutadores sociais.
Nenhuma vida a menos!
Marielle e Anderson PRESENTES!