A greve da educação convocada para o dia 15/05 foi uma mobilização histórica. O Brasil foi tomado de norte a sul por atos que na luta contra os cortes do orçamento da educação e por um sistema de educação pública de qualidade, iniciaram as mobilizações rumo à greve geral marcada para o próximo 14 de junho.
Convocada com ampla unidade entre a classe trabalhadora, mulheres, juventudes, estudantes, aposentados, centrais sindicais e movimentos e organizações sociais as jornadas contra o corte de 30% no orçamento das unidades federais de ensino e contingenciamento no orçamento destinado ao ensino básico, mais de 200 cidades brasileiras tiveram suas ruas ocupadas por mais de 2 milhões de indignadas e indignados que disseram de forma clara e contundente que o país não ficará de braços cruzados enquanto um governo proto-fascista tenta aplicar uma política de ajustes brutais para jogar nas costas dos 99% o preço a se pagar pela crise dos banqueiros, empresários e casta política que fazem da soberania nacional moeda de negociatas.
No mesmo momento em que as ruas estavam sendo ocupadas, o ministro da educação, Abraham Weintraub, precisou se apresentar ao plenário da Câmara Federal para dar explicações sobre os cortes e contingenciamentos que ele e o presidente Jair Bolsonaro estão aplicando no orçamento da educação superior e básica. A convocação obrigatória do ministro foi aprovada por 307 votos do plenário da câmara, brindando o governo com mais uma derrota por ter alcançado apenas 82 votos para impedir a apresentação obrigatório de Weintraub. Em um governo que não respeita a lei da Ficha Limpa empregando como ministro do meio ambiente o condenado por improbidade administrativa Ricardo Salles, o ministro da educação, que convocado de forma obrigatória, poderia ser condenado pelo mesmo crime de Salles uma vez que não comparecesse ao plenário da Casa.
A tsunami preparatória da Greve Geral vai tomando o país em forma de assembleias, rodas de debates e web-debates já tem nova data para ocupar as ruas. Convocada pela União Nacional dos Estudantes durante os atos, a Segunda Jornada em Defesa da Educação está marcada para o dia 30/05 e deverá ser o último grande ato de mobilização para o dia 14 de junho.
Acreditamos e apostamos nas juventudes, mulheres e dissidências piqueteiras como vanguarda das lutas contra os ajustes e retrocessos impostos pelo governo Bolsonaro-Militares. Convidamos a todxs que queiram se organizar e mobilizar a construir com a gente uma verdadeira Alternativa Socialista para o Brasil.
A luta seguirá e dela não nos retiramos!
Rumo à greve geral!
Nenhum direito a menos!