Por Alternativa Socialista/PSOL – LIS/Brasil
Os atos e as mobilizações massivas expressaram com toda força que o governo Bolsonaro é mais perigoso que a Covid-19. O povo saiu às ruas em legítima defesa e contra um governo que aplica um plano sistemático de ataques contra as maiorias. Hoje foi um novo golpe contra o governo em crise crônica. As ruas tremeram com os passos de um povo que não está derrotado e saiu para lutar por vacinas para todos, auxílio emergencial digno, contra cortes nas universidades, as reformas impopulares e, fundamentalmente, para derrubar Bolsonaro, Mourão e todo o seu governo genocida.
Imagens das mobilizações em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília
Em grande parte das cidades, de norte a sul e de leste a oeste, tiveram grande atos, superando até as expectativas de muitos. O PT, em alguns estados, na noite anterior fez declarações oficiais apelando à não mobilização para evitar multidões. No Pernambuco, infelizmente a Direção Estadual do PSOL Pernambuco também se manifestou pela desmobilização e realização de um ato simbólico. Mas o povo não deu ouvidos aos apelos e saiu com todas a força às ruas com medidas de proteção e cuidados com o distanciamento social, como foi extensamente recomendado por todas as organizações que convocaram o 29M.
Existe força para lutar, vamos continuar até o fim
A principal conclusão que tiramos desse dia nacional de luta é que há força para lutar, contrariando todos as organizações e dirigentes políticos que falaram do fascismo e do fechamento do regime com Bolsonaro na presidência. Uma segunda conclusão é que temos que dar continuidade ao 29M. O governo recebe um duro golpe, mas ainda é sustentado pelo acordão burguês com os partidos do regime –da direita e da esquerda –para conseguir chegar até o fim do mandato e disputar as eleições de 2022. Não podemos sair das ruas enquanto não derrubarmos esse acordo e expulsar o governo assassino.
Imagens das mobilizações em Belo Horizonte, Maceió, Recife, Natal e Juazeiro do Norte
As centrais sindicais, os movimentos sociais e de esquerda têm a responsabilidade de convocar um plano de lutas que dê continuidade a esta importante jornada. Convocar uma Greve Geral sanitária para interromper este massacre. É o único caminho real para conseguirmos vacina no braço, comida no prato e derrotar o plano de guerra contra a classe trabalhadora e o povo pobre. As ruas são nossas, não podemos abandoná-las até que sejamos vitoriosos!