Pare a deportação de três refugiados iranianos na Turquia!

Depois que a Turquia retirou sua assinatura da Convenção de Istambul, os tribunais turcos emitiram uma decisão de deportação para 3 refugiados iranianos, alegando que eles participaram de protestos em massa por todo o país. Os refugiados iranianos vieram para a Turquia em busca de refúgio em um terceiro país, fugindo do Irã por defender os direitos dos trabalhadores, mulheres e LGBTI.

Os refugiados iranianos Leili Faraji, Zeinab Sahafi, Esmaeil Fattahi e Mohammad Pourakbari Kermani foram detidos em 5 de abril e enviados para o Centro de Remoção de Aydın. Graças à solidariedade nacional e internacional, os refugiados foram soltos, mas foram deslocados ao serem enviados para diferentes cidades.

Especialmente Esmaeil Fattahi, por causa de seus ideais socialistas, já havia sido alvo da polícia e foi detido e torturado há dois anos.

Muito embora a polícia e o judiciário sob o controle do governo do AKP saibam que os refugiados estarão sob séria ameaça, o governo tenta enviá-los de volta ao Irã, apesar de seus status de refugiados condicionais.

Fattahi resume o processo que eles passaram da seguinte maneira:

“Eu sou um refugiado político. Fui detido e torturado muitas vezes em meu próprio país por causa de minhas atividades relacionados aos direitos humanos. Solicitei asilo quando vim para a Turquia devido às minhas atividades anti-regime e à opressão no Irã. Depois de ficar preso por quatro anos, não tive escolha a não ser pedir asilo. Consegui o status de refugiado condicional. Em outras palavras, meus pedidos de Proteção Internacional foram aceitos. De fato, tenho proteção desde 2016. Continuei meus próprios pensamentos e atividades na Turquia. Também realizei atividades na Turquia sobre direitos de refugiados, trabalhadores e mulheres. Quando a Convenção de Istambul foi encerrada, juntei-me à ação com meus outros amigos. Eles nos detiveram no dia 5 de abril. Em seguida, a decisão de deportação foi tomada. No centro de remoção, eles queriam que os documentos de retorno voluntário fossem assinados. A situação lá também era ruim. Houve pressão psicológica. Mas a pressão pública nos deixou livres. Agora nós podemos ser deportados a qualquer momento. Esta é uma grande preocupação nossa.”

Se faz necessário aumentar a solidariedade contra os ataques do AKP aos nossos amigos refugiados. Enviá-los de volta ao sangrento regime Mullah significa repressão e até pena de morte.

Tirem as mãos dos refugiados!