Em todos os continentes e latitudes do planeta, centenas de povos indígenas resistem há séculos à invasão de seus territórios, à opressão e à exploração colonial e neocolonial, de seus corpos, de seus saberes e de seus recursos naturais, por parte de potências estrangeiras, Estados nacionais e empresas privadas. A crise multidimensional que atravessamos constitui um redobramento de todas as ameaças às suas formas de existência coletiva. Por isso, é uma questão estratégica e também de princípios que a Liga Internacional Socialista acompanhe de maneira militante suas demandas:
- Pelo direito pleno e irrenunciável à sua autodeterminação.
- Pelo direito à criação de Estados plurinacionais onde os povos indígenas assim o demandem.
- Pela defesa de suas formas de vida, que inclui suas línguas, artes, sistemas educativos, medicinas e seus sistemas de organização comunitária e de justiça.
- Pelo respeito à integridade, pela restituição e reparação de seus territórios, por parte dos Estados e das empresas capitalistas.
- Pelo acesso às terras, para cultivos, pastoreio e para a obtenção de recursos próprios de suas formas de vida.
- Pelo acesso aos benefícios de saúde, educação e seguridade social que lhes têm sido negados.
- Pela defesa do direito à consulta prévia, livre e informada, estabelecido no Acordo 169 da Organização Internacional do Trabalho da ONU.
- Pela expulsão de seus territórios de empresas extrativas transnacionais e nacionais.
- Pelo seu direito pleno e irrenunciável à verdade, reparação e justiça pelas agressões e etnocídios de que foram vítimas.
- Pela denúncia de novas invasões, agressões, perseguições e ameaças de que sejam alvo.
A Liga Internacional Socialista realizará em julho de 2026 sua Primeira Conferência Aberta Pan-Amazônica e do Caribe da LIS, na cidade amazônica de Belém do Pará, Brasil, à qual se convida a participar organizações do Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Peru, Venezuela e Equador.
Aprovado pelo III Congresso Mundial da LIS




