O governador direitista de São Paulo, João Dória (PDSB/SP), e a diretoria do Metrô, atacam aos trabalhadores e trabalhadoras metroviárias. No meio da pandemia, o trabalho dos metroviários é essencial, o que faz mais inaceitável e ultrajante a decisão perversa do governo. Eles propõem:
- Diminuir o adicional noturno de 50% para 20%;
- Desconto do plano de saúde de 10% para 20%;
- Anular o adicional para os bilheteiros;
- Reduzir o valor das horas extras de 100% para 50%
- Entre outras conquistas do Acordo Coletivo
Os salários de junho já vão refletir a redução salarial que o governo pretende. Mas os metroviários e as metroviárias não estão dispostos a deixarem passar esse brutal ataque a seus direitos. Em pé de luta, a categoria decidiu pela GREVE.
90% dos trabalhadores e trabalhadoras que participaram de uma assembleia com 2 mil e 500 metroviários foram contundentes: votaram uma greve geral da categoria para o dia 1/07, se o governo não retrocedesse em seu ataque.
Solidariedade operária e internacional
No dia 29/06, diante a negativa de diálogo do governo e a diretoria do Metrô, surgiu uma rede de solidariedade de outros setores operários, organizações sociais, políticas e outros que expressaram pelas redes um maciço apoio à categoria. Essa solidariedade cruzou fronteiras e começaram a chegar mensagens e vídeos de diferentes países. Desde a Liga Internacional Socialista – LIS, ativamos nossa força militante e organizada para fazer chegar nosso apoio.
Sabemos que a luta dos metroviários de São Paulo será regra nos próximos meses. Começamos a ver em distintos lugares a nossa classe respondendo com luta e rebeldia as tentativas de ajustes. A pandemia acelerou a crise, e os empresários, junto a seus governos, tentaram descarregar a crise nas costas dos trabalhadores e das trabalhadoras. É por isso que todas as nossas forças estão no fortalecimento da luta dos metroviários de São Paulo e de todos os setores que hoje estão lutando. Levantamos nossa voz e gritamos juntos: as vidas dos metroviários importam! Força na luta! Defendemos a vida acima dos lucros!
Assembleia de 3 mil metroviários e metroviárias
Na noite do dia 30 de junho, a condução do Sindicato de Metroviários de São Paulo convocou uma assembleia virtual por causa da pandemia. A participação foi maciça, superando à anterior aonde se votou o plano de luta e a greve do dia 1/07. Se aprovou a proposta da maioria da diretoria do sindicato, 79% votou por adiar a greve para dia 8/07 e 18% votaram pela manutenção da greve no dia 1/07.
A direção do sindicato (PCdoB/CTB e setores da CSP-CONLUTAS e da Frente povo sem medo) votaram na proposta de adiar a greve. Apenas um setor da esquerda dos Metroviários, dentre eleso Unidos Pra Lutar (corrente sindical que organiza Luta Socialista/PSOL) tiveram a posição de aguardar a reunião de conciliação convocada pela Justiça do Trabalho e no dia 2/07 (mesmo dia) debater com a categoria o início da greve.
A luta continua: é possível derrotar Doria e a diretoria do Metrô
A resolução da maciça assembleia foi marcar a greve para o dia 8/07 e uma nova assembleia dia 7/07 para analisar os avanços na negociação, que hoje, dia 1, começa com uma audiência de negociação no TRT. A categoria continua em alerta, com medidas de luta e mobilização discutidas na assembleia. Para pressionar ao governo e a diretoria do Metrô é necessário não abandonar o estado de alerta e mobilização e, ao mesmo tempo, ir construindo a maior solidariedade e apoio do conjunto do movimento operário com suas organizações sindicais, sociais e políticas nacionais e internacionais. A luta dos metroviários e as metroviárias é nossa luta! Se ganham os metroviários, ganhamos todos!
Nós da Alternativa Socialista e a Liga Internacional Socialista – LIS, continuaremos apoiando e fazendo todos os esforços para massificar e rodear de solidariedade essa e cada uma das lutas contra os patrões e seus governos servis.
Nadia Burgos – MST Nueva Izquierda Netre Ríos Orlando Restivo. Médico. Presidente CICOP Htal. Belgrano. Buenos Aires Priscila Otton. Concejal electa del FIT Unidad Neuquén Raúl Benavidez. Sec. Adjunto ATE. Junta Interna Htal. Eva Perón Raúl Laguna Bosch. Médico. Comisión Provincial Residentes Buenos Aires Ricardo Acuña. Sec. Gremial CTA San Miguel. Buenos Aires Sandra Lucero. Campaña por el Derecho al Aborto Zona Noroeste Sasha Lyardet. Campaña por el Derecho al Aborto San Martín.