Nos dias 1, 2 e 3 de abril, durante a semana santa, realizamos um novo congresso nacional do MST – Movimento Socialista das e dos Trabalhadores. Com um rígido protocolo sanitário que incluía exames prévios, distanciamento permanente, uso de álcool e sem alimentos, delegados de todo o país discutiram os informes sobre a situação política internacional e nacional, a construção do MST e outros documentos submetidos a debate ao longo do período pré-congressual. Foram vários meses de debate democrático e coletivo de toda a militância, ao mesmo tempo em que intervinha com grande força nos acontecimentos políticos e na luta de classes que os trabalhadores e o movimento popular vivenciam. Depois de um ano complexo, atravessado pela crise e pela pandemia, os delegados do MST, eleitos nas diferentes regiões do país pela militância, debateram com grande compromisso e entusiasmo.
Como presidência honorária do congresso, 45 anos após o golpe genocida [de 1976], se proclamou por aclamação os camaradas assassinados e desaparecidos do PST nas mãos da Triple A e da ditadura militar e dos 30 mil, todos presentes, agora e sempre. Ao longo de três intensos dias, os camaradas contribuíram com suas opiniões e experiências de participação nos importantes processos políticos e de luta dos setores sindical, de bairro, de gênero, ambiental e de juventude. Mesmo com as desigualdades regionais, percebemos o fortalecimento geral do partido e os grandes desafios que se abrem. Para muitos delegados, foi a primeira vez que participaram de um congresso partidário o que, somado à alta proporcional de jovens e mulheres, refletiu um avanço qualitativo no crescimento do MST.
Da mesma forma, um número significativo de delegados pertencentes à equipe de saúde confirmou a inserção de nosso partido nas lutas e no novo processo de organização democrática desse setor da classe trabalhadora. Nos debates que ocorreram no congresso, abordamos as respostas políticas que demos à crise capitalista, como desenvolvemos nossa construção, quais aspectos devemos fortalecer e quais outros corrigir para melhor aproveitar o que está por vir, tanto na luta político-eleitoral como na luta de classes.
Compartilhamos os principais debates internacionais e de desenvolvimento da Liga Internacional Socialista – LIS, da situação nacional, das campanhas realizadas e das tarefas do partido para o próximo período. Foram aprovadas várias resoluções e campanhas internacionalistas de desenvolvimento político e partidário que também realizaremos. E, finalmente, a equipe de direção foi votada para as tarefas do próximo período, com algumas mudanças e a incorporação de mulheres e lideranças da juventude. A Comissão de Moral também foi eleita, com maioria feminina. Sem dúvida, depois de fechar ao coro da Internacional com os punhos erguidos, todos saímos com a energia renovada para levar a cabo o que foi resolvido por este bem sucedido 12º congresso do partido.
Aqui estão as principais intervenções, saudações internacionais e resoluções:
Internacional: Um mundo com mais rebeliões, oportunidades e desafios (em Português)
Saudações internacionais (em Espanhol)