10 e 11 de setembro: Forum Global Socioambiental

Organizações dos 5 continentes como promotoras. Quase 30 países se comprometeram com a iniciativa. Resistência territorial, protesto e proposta. Um festival de internacionalismo verde, em tom anticapitalista e ecossocialista. Janela de oportunidade. Ponto de encontro contra a indiferença. O futuro em nossas consciências e compromissos. Convocação mundial da Liga Internacional Socialista

Tempo de crise, guerra, revoluções, pandemias e ecocídio. Incêndios e seca nos principais rios da Europa Ocidental. A Amazônia vive sua pior fase de desmatamento. No sul da Ásia, os níveis de poluição do ar e da água são desesperadores. Há catástrofes relacionadas à queima de zonas úmidas na Argentina e em outras partes da América do Sul. Há ofensivas ao lítio, à serra, aos cursos de água. Sobre tudo. Os bens comuns protegidos pelas comunidades da América Central são alvo de projetos imperialistas de infraestrutura. Na África e em outras partes do mundo, o aquecimento global não deixa o país isento de alterações abruptas de um clima maluco. O capital torna o planeta inviável, a civilização de perspectivas incertas. Mas o panorama traz boas notícias: crescem as rebeliões verdes de jovens sensíveis, conscientes e comprometidos. Geração de vanguarda que ativa o contágio de setores mais amplos dos povos de todo o mundo. Mesmo, aos poucos, contingentes da classe trabalhadora estratégica do campo e da cidade, vão assumindo sua condição de sujeito-chave, determinante. Sendo assim, temos um desafio: ser o pesadelo organizado dos de cima, essa minoria perigosa e poluente.

Sem margem para indiferença: ative o ecossocialismo

Unem rebeliões além das fronteiras. Esse é um primeiro passo. Mas, além disso, contestam a transição para os tecnocratas do capitalismo verde e os profetas do “não pode ser feito”, da “responsabilidade individual”. Plote as coordenadas de um programa alternativo. Lançar as bases para uma reorganização abrangente de todas as regras de produção, consumo e vida. Nenhuma natureza mercantilizada. Sem ecossistemas violados pela rentabilidade de 1%.

Por uma articulação social de explorados e oprimidos. Anticapitalista. Ecossocialistas. Por um internacionalismo verde. Trata-se de ativar com consciência, com compromisso. Sabendo que depende da nossa geração, do que somos capazes. De toda a nossa vontade coletiva. Porque faz sentido. Porque não está escrito que não é possível. Porque somos o freio de emergência para a catástrofe. Todos, todas e todes convocados para o Fórum Socioambiental Global da Liga Internacional Socialista. Militantes da revolução essencial. Nos encontramos nos dias 10 e 11 de setembro.

Todos os panéis

Sábado 10 de setembro

PAINEL 1. Resistência territorial: matriz produtiva, lutas e proposta alternativa. Os casos do Líbano e do Paquistão. Oradores: Rafic Daw (Beirute, Líbano) e Omer Abdullah, organizador da Frente Estudantil Revolucionária do Punjab Norte (Bagh Caxemira, Paquistão) e Maurício Matos, Coletivo de Luta Ecossocialista e da Luta Socialista (Belém, Pará, Amazônia, Brasil).

Horário: 7h América Central; 8h México-Peru-Colômbia-Chicago; 9h Nova York-Venezuela-Chile-Paraguai; 10h00 Argentina-Brasil-Uruguai; 14h Londres-Argélia; 15h00 Europa; 16h00 Rússia-Bielorrússia-Ucrânia-Quênia-Turquia-Líbano; 18h Paquistão; 23h00 Austrália.

PAINEL 2. Nas pegadas da ex-URSS. Equilíbrio socioambiental do socialismo burocratizado e restauração capitalista no Leste Europeu. Palestrantes: Alejandro Bodart, Comitê Executivo da LIS (Argentina); Oleg Vernyk, presidente do Sindicato Independente “Zahist Pratsi” (kyiv, Ucrânia), e Dmitry Zaidov, ativista da organização ambientalista For Clean Air e membro da Liga Socialista Ucraniana.

Horário: 10h América Central; 11h00 México-Peru-Colômbia-Chicago; 12h Nova York-Venezuela-Chile-Paraguai; 13h00 Argentina-Brasil-Uruguai; 17h Londres-Argélia; 18h Europa; 19h00 Rússia-Bielorrússia-Ucrânia-Quênia-Turquia-Líbano; 21h Paquistão; 02:00 Austrália.

PAINEL 3- Existe vida além do extrativismo. Saques, mercantilização da natureza e protestos no Brasil e na Argentina. Palestrantes: Renán Vega Cantor, professor universitário, historiador marxista (Colômbia) João Ambrosi do Coletivo Vegano Vespa e da Alternativa Socialista (Curitiba-Brasil) e Jesi Gentile da Rede Ecossocialista, MST e membro da Coordenação Chega de Falsas Soluções (Argentina).

Horário: 13:00 América Central; 14h00 México-Peru-Colômbia-Chicago; 15h Nova York-Venezuela-Chile-Paraguai; 16h00 Argentina-Brasil-Uruguai; 20h Londres-Argélia; 21h Europa; 22h00 Rússia-Bielorrússia-Ucrânia-Quênia-Turquia-Líbano; 12h Paquistão; 5 da manhã Austrália.

Domingo 11 de setembro

PAINEL 4. Não há Planeta B. Crise da civilização, transição disputada e ecologia socialista. Palestrantes: Mariano Rosa, Coordenador da Rede Ecossocialista, MST (Argentina), Khkula Bacha, Estudante da Universidade de Peshawar e organizador da Frente Estudantil Revolucionária KPK (Paquistão) e James Plested, editor da Red Flag, membro da SA e especialista ambiental (Austrália).

PAINEL 5. Radiografia socioambiental da África. Imperialismo e propostas de baixo. Palestrantes: Leah Kimani, Joyce Wambui, Osaka Honyango, Liga Socialista Revolucionária (Nairóbi, Quênia).

PAINEL 6. América Central e Colômbia desde as comunidades. Corporações, bens comuns e programa anticapitalista. Palestrantes: Ligia Arreaga, defensora dos direitos humanos e ambientalista (Panamá); Francisca “Chica” Ramírez, líder do Movimento Camponês Anticanalero (Nicarágua), e Fernando Benjumea, professor da Universidade Nacional de Medellín (Colômbia).