Israel atacou hospitais lotados de pacientes e refugiados, deixando milhares de pacientes nas ruas, sem atendimento médico, e campos de refugiados com dezenas de milhares de pessoas famintas. A agressão sionista já matou 11.500 palestinos, com quase 5.000 crianças. Milhões de pessoas se mobilizam contra o genocídio em todo o mundo.
Sábado, 11 de novembro
Tanques israelenses cercaram o Hospital Al-Quds. O Crescente Vermelho postou no X: “Os tanques israelenses estão a 20 metros do Hospital Al-Quds. Há fogo direto contra o hospital, criando um estado de pânico e medo entre 14.000 pessoas expulsas”.
O Hospital Al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza, ficou sem eletricidade com a falta de combustível para os geradores. A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) descreveu a situação no centro de saúde atacado por Israel como catastrófica: “Este é o momento que estávamos alertando ao mundo”.
Um bombardeio israelense atingiu um veículo no sul do Líbano, 45 quilômetros ao norte da fronteira entre os dois países, no primeiro ataque profundo em território libanês desde a escalada das hostilidades em 7 de outubro. “Um drone inimigo teve como alvo uma caminhonete (…) na região de Zahrani”, informou a agência de notícias oficial libanesa ANI, acrescentando que não houve registro de vítimas.
Milhões de pessoas marcharam no centro de Londres para pedir um cessar-fogo na Faixa de Gaza. A marcha se estendeu do Hyde Park, no centro de Londres, até a embaixada dos EUA.
Outra mobilização de solidariedade à Palestina em Buenos Aires. Várias organizações sociais, políticas e culturais realizaram uma manifestação na Plaza de Mayo exigindo que o governo argentino rompa relações com Israel e defenda a política de “não é guerra, é genocídio”.
Domingo, 12 de novembro
As Nações Unidas registraram pelo menos 137 ataques “contra a assistência médica” na Faixa de Gaza desde 7 de outubro, ações que a organização denuncia como “uma violação das leis e convenções humanitárias internacionais”.
Eles ficaram “horrorizados” com os recentes ataques ao Hospital Al Shifa, o maior de Gaza, ao Hospital Pediátrico Al Rantissi Nasser, ao Hospital Al Quds e a outros na cidade e no norte do enclave, onde “muitas pessoas, inclusive crianças” foram assassinadas.
Nas ruas da Faixa de Gaza, há pacientes “sem assistência médica” após a “evacuação forçada” de dois hospitais pediátricos. “As evacuações forçadas dos hospitais pediátricos Al Nasr e Al Rantisi deixaram pessoas doentes nas ruas sem atendimento médico” na Cidade de Gaza, disse Mohamed Zaqut, funcionário dos hospitais de Gaza. O serviço de cardiologia e as incubadoras do Al Shifa, o maior complexo hospitalar da Faixa de Gaza, pararam de funcionar. Duas das 39 crianças cujas incubadoras pararam de funcionar em Al Shifa morreram, de acordo com médicos e ONGs. O vice-ministro da saúde da Faixa de Gaza disse que um bombardeio israelense destruiu o prédio do serviço de cardiologia. “O ataque destruiu completamente o departamento de cardiologia do hospital Al Shifa (…) O prédio de dois andares foi completamente destruído”.
Um bombardeio na sede da ONU em Gaza deixou várias pessoas mortas e feridas. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) disse que um bombardeio na noite passada deixou “um número significativo de pessoas mortas e feridas” em uma de suas sedes na Faixa de Gaza, evacuada por seus funcionários e ocupada por centenas de palestinos desalojados. As imagens da AFPTV de hoje também mostraram uma cratera no meio do pátio de uma escola administrada pela ONU em Beit Lahiya, no norte da Faixa de Gaza.
Os palestinos no Líbano estão desapontados com o fato de o Hezbollah não intensificar sua luta contra Israel. O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, disse que, embora continuasse a retaliar os ataques israelenses no sul do Líbano, a “guerra” com Israel seria longa e a vitória “levaria anos”.
Segunda-feira, 13 de novembro
Ataques aéreos israelenses mataram pelo menos 31 pessoas no campo de refugiados de Jabalia, no norte de Gaza, e atingiram áreas residenciais dos campos de refugiados de Nuseirat e Deir el-Balah, ambos no centro de Gaza.
Houve tiroteio no hospital al-Quds, o segundo maior hospital de Gaza, quando as forças israelenses avançaram em direção à instalação. O hospital al-Shifa, o maior de Gaza, continua cercado pelas forças israelenses. Um cirurgião da organização Médicos Sem Fronteiras relatou que atiradores israelenses alvejaram pacientes no hospital al-Shifa.
O porta-voz do Hamas, Osama Hamdan, afirmou que os mediadores chegaram várias vezes perto de chegar a um acordo sobre a libertação dos prisioneiros, mas que Israel alterou várias vezes os termos no último minuto. O acordo fracassado teria incluído a libertação de 50 prisioneiros em troca de 200 crianças e 75 mulheres mantidas em prisões israelenses, entre outros detalhes.
Um grupo de palestinos entrou com uma ação federal nos EUA contra o presidente Biden e outras autoridades de alto escalão, acusando Washington de “ajudar e incentivar o genocídio do povo palestino por Israel”.
Terça-feira, 14 de novembro
Ashraf al-Qudra, porta-voz do Ministério da Saúde palestino em Gaza, diz que Israel informou às autoridades de Gaza que “atacará” o complexo hospitalar Al-Shifa na Cidade de Gaza. Um médico do hospital relata “disparos e bombardeios contínuos” ao redor do centro médico, forçando pacientes e profissionais de saúde a se deslocarem para os corredores em busca de segurança.O Ministério da Saúde de Gaza disse que o hospital está em um “cerco de morte”.
Os pedidos de evacuação de pacientes do Hospital Al-Shifa aumentaram depois que circularam fotos de bebês prematuros sem qualquer suporte de vida. As autoridades de saúde de Gaza disseram que as transferências de pacientes são impossíveis por causa dos combates.
Israel afirma ter assumido o controle operacional do campo de refugiados de al-Shati, que abrigava mais de 90.000 residentes antes da guerra, e que suas forças estão fortalecendo seu controle sobre o norte da Faixa de Gaza.
Pelo menos sete palestinos foram mortos e cinco casas foram destruídas em ataques israelenses contra o campo de refugiados de Tulkarem, na Cisjordânia ocupada.