A história do genocídio do sistema colonial internacional contra os povos continua. Um ano após o início do genocídio em Gaza e o fracasso da ocupação em quebrar a firmeza palestina, vemos as tentativas sionista e expansionista dos colonizadores se manifestarem por incursões terrestres, agressões aéreas e marítimas contra nosso povo e nossa terra no Líbano. Uma clara evidência da essência da natureza dessa entidade, tendo em vista o apoio declarado aos regimes coloniais que saquearam nossa terra e destruíram nosso povo, com seus interesses políticos e econômicos, para sugarem nosso sangue.
Gaza e o que estamos testemunhando hoje no Líbano mostraram a hipocrisia dos apoiadores e das organizações políticas internacionais e revelaram seu papel nas práticas de legitimação do cerco, da fome e da ocupação desde os dias da Nakba. A Organização das Nações Unidas é a facilitadora e legisladora colonial dos regimes sionistas colonialistas e expansionistas, o estágio mais elevado do fascismo, pois finge ser um farol da paz mundial. Mas não conseguiram cumprir seus objetivos. Como poderia ser diferente, como uma instituição criada para servir às potências coloniais pode ser um instrumento de libertação? O fracasso em cumprir sua missão é apenas uma consequência inevitável de sua natureza estrutural. Tem testemunhado silenciosamente – e muitas vezes abençoado – o esmagamento dos povos e a supressão dos movimentos de libertação aos pés dos colonizadores.
Estamos aqui para confirmar que não precisamos da compaixão ou de declarações em papel, mas sim para expor a hipocrisia de suas contribuições que não beneficiam os oprimidos e expulsos. É a realidade que estamos vivendo em Gaza, no Líbano, na Síria, no Iraque e no Iêmen, de acordo com os objetivos declarados do sistema colonial sionista (o Novo Projeto do Oriente Médio) e que Netanyahu enfatizou dentro do salão dessa organização política (Nações Unidas) no dia em que começaram a expandir a guerra de extermínio no Líbano. O que estamos testemunhando hoje na tentativa de impor um cerco ao Líbano é uma repetição do que aconteceu em Gaza, em preparação para a invasão terrestre. Usar a fome e a privação de serviços como arma de extermínio e subjugação. O chamado apoio material que essas instituições fornecem aos deslocados e afetados não passa de migalhas que não chegam ao nível da tragédia. Isso indica sua incapacidade de atender às necessidades básicas de um povo que está sendo exterminado.
De Beirute, afirmamos o direito de resistir a toda ocupação e colonização e conclamamos os povos livres do mundo (estudantes, trabalhadores, combatentes da resistência, homens e mulheres) a entrarem em ação para acabar com o sistema de genocídio que tem roubado o sangue e a riqueza dos povos. Os povos não serão libertados a não ser por suas próprias lutas e pela resistência popular revolucionária.
Nos opomos ao terrorismo sionista e afirmamos a decisão de permanecer firmes em confronto.
Portanto, nós, da União Geral dos Estudantes do Líbano, fazemos um apelo:
Primeiro: à todas as nossas famílias e grupos populares no Líbano, devemos nos organizar em comitês populares para organizar os recursos para a firmeza de todas as categorias do nosso povo.
Segundo: não depender de instituições dirigidas por sionistas quando o número de pessoas expulsas ultrapassou 1 milhão e a ajuda é escassa.
Terceiro: chegou a hora de ir além das ilusões e avançar em direção a uma resistência popular baseada na libertação de todos os seres humanos da máquina genocida colonial.
Quarto: Não devemos esperar alívio daqueles que negociam com nosso sofrimento. Devemos nos unir e avançar coletivamente, dentro e fora do Líbano, para construir um novo mundo e uma nova humanidade.
Quinto: A luta dos povos por todos os meios para impor um cessar-fogo à ocupação e a seus apoiadores sem condições de resistência.
Sexto: Lutar por todos os meios para romper a tentativa de impor o cerco ao Líbano.
Sétimo: Pressionar pela chegada e intensificação de doações e ajuda até que a firmeza e a vitória sejam alcançadas.
União Geral dos Estudantes do Líbano
Beirute
1º de outubro de 2024
Para contribuir com a campanha de ajuda solidária ao Líbano, você pode fazer uma doação para a conta:
Banco Openbank. Sede em Madri – Espanha
Titular: Asociacio Liga Internacional Socialista
Número de IBAN: ES20 0073 0100 5005 0663 4205
SWIFT/BIC: OPENESMM Número de cuenta: 0506634205