Neste momento está em andamento a operação sionista que bloqueia a Global Sumud Flotilla (GSF) para impedir que chegue a Gaza com ajuda humanitária e mantém detidos os ativistas.

Por Rubén Tzanoff

O alerta nos radares, com navios avançando em alta velocidade em direção à Flotilha, ativou os protocolos de segurança. Por volta das 20h40 do dia 1º de outubro, as forças israelenses iniciaram a operação cercando a Flotilha com seus navios e lanchas rápidas para impedir que continuasse navegando. Alguns barcos receberam comunicações das Forças de Defesa de Israel (FDI) e todos sofreram interferências nas comunicações.

As características e a magnitude da operação, somadas à dificuldade de comunicação, geram confusão e dificultam saber exatamente como os acontecimentos se desenvolvem em cada embarcação.

De todo modo, estão sendo realizadas abordagens pelos comandos israelenses que detêm as pessoas a bordo. Estas são as imagens desses momentos dramáticos que recebemos de nossa companheira Cele Fierro, que está no “Adara” em representação da Liga Internacional Socialista (LIS).

Os sionistas bloquearam toda comunicação desde a Flotilha, por isso, daqui em diante, será fundamental acompanhar os canais informativos oficiais da GSF, que poderão fornecer mais dados.

Segundo o modus operandi que os agressores já utilizaram em outras ocasiões, os próximos passos após o ataque e a detenção ilegal dos ativistas seriam seu traslado a navios da Marinha para interrogatórios.
Depois, seria exigida a assinatura de conformidade ou a recusa de extradição voluntária. Os que aceitarem devem ser imediatamente repatriados aos seus países de origem. Os que se negarem poderiam ser arbitrariamente encarcerados em Israel.

Ainda que essa prática já tenha ocorrido, não significa que se repita exatamente nas mesmas condições. As forças bélicas israelenses estão habituadas a agir com violência e impunidade contra pessoas indefesas, e podem agir da mesma forma contra esta missão civil pacífica e solidária, que apenas quer levar alimentos e medicamentos ao povo sitiado de Gaza. Nada surpreendente: são os mesmos que cometem genocídio, limpeza étnica e ocupação na Palestina, assassinando, famintos e deslocando palestinos — em grande parte, crianças indefesas.

Segundo informações divulgadas, nesta operação também teriam sido mobilizados até 600 policiais, e sete hospitais do porto de Ashdod, o mais próximo de Gaza, foram colocados em alerta para lidar com detenções e emergências médicas.

Desde a LIS, chamamos a realizar imediatamente manifestações em solidariedade à GSF e exigindo a liberdade imediata de todos os ativistas.

Repudiamos a operação sionista e exigimos que as autoridades da União Europeia, seus governos e todos os países que têm cidadãos na GSF assumam a responsabilidade por sua segurança e integridade.

Cessar-fogo em Gaza e em toda a Palestina! Não à ocupação! Que os governos rompam relações com Israel! Rejeitemos o genocídio, a limpeza étnica e o bloqueio à ajuda humanitária! Defendamos a GSF!

Mobilizemos em todo o mundo para derrotar Israel e seus cúmplices imperialistas! Por uma Palestina única, laica, antirracista, democrática e socialista — livre, do rio ao mar.

Você pode acompanhar as informações da Flotilha neste link:
Rumo a Gaza: a GSF em tempo real