Por Marea Socialista
Na quinta-feira, 22 de julho, familiares, dirigentes sindicais, organizações e ativistas se reuniram em frente ao Palácio da Justiça para exigir a liberdade de Rodney Álvarez e de trabalhadores presos. Esta ação faz parte da campanha realizada para o enfrentamento na rua à repressão que estão submetidos os trabalhadores venezuelanos em um contexto de crise e duro golpe nos salários e nos direitos trabalhistas. Muitos são os casos de trabalhadores presos por exigirem o recebimento de salários condizentes ao custo real de vida, pela defesa das conquistas trabalhistas, que tiveram retirada de direitos nos últimos anos na Venezuela ou, simplesmente, denunciar atos de corrupção em empresas estatais, incluindo a PDVSA.
Um caso à parte e tristemente emblemático é o de Rodney Álvarez, preso há 10 anos e foi condenado há 15 anos de prisão sem ter sequer uma prova que o incrimine do que é acusado. Rodney Álvarez tem sido o bode expiatório do governo para encobrir Héctor Maicán, militante do PSUV e amigo próximo do ex-governador do estado de Bolívar, na época dos fatos, Rángel Gómez. A luta por justiça convoca vários setores que se unem para enfrentar a política repressiva do governo de Nicolás Maduro contra a classe trabalhadora venezuelana, prendendo mais de 100 trabalhadores que levantaram suas vozes diante do empobrecimento a que são submetidos.
Zuleika Matamoros, da Marea Socialista, convoca os trabalhadores do país a se organizarem e realizarem ações que visem a libertação dos trabalhadores presos políticos e pela liberdade de Rodney Álvarez. “Já sabemos como o governo de Maduro e os empresários privados agem em relação aos trabalhadores. Eliminaram nosso salário e todos os direitos trabalhistas. Por isso, a convocação é para nos organizarmos para enfrentar a política de fome da classe trabalhadora e a repressão executada por um governo que se autodenomina socialista e operário. Nada poderia estar mais distante da verdade”.