- No dia 30 de outubro teremos o segundo turno para as eleições presidenciais no Brasil. A tarefa mais importante que tem o movimento de massas hoje é votar em Lula 13 para derrotar Bolsonaro nas urnas e afirmar um programa para a classe trabalhadora. São nossas tarefas prioritárias.
- A derrota do genocida Bolsonaro não veio pelas ruas. Segue com fôlego seu governo de banqueiros, latifundiários, corruptos, milicianos e inimigos do meio ambiente, dos povos indígenas, quilombolas, mulheres, LGBTs, do povo pobre, negro e trabalhador. Grande parte dessa conta se deveu à conciliação de classes que decidiu enfrentar Bolsonaro somente nas urnas, desmotivando mobilizações de rua e subestimando sua capacidade e uso da máquina estatal para tentativa de reeleição. Esta conta chegou, Lula pontuou em 1º lugar, com mais de 57 milhões de votos (48,4%), mas Bolsonaro, a despeito dos quase 4 anos de destruição, seguiu com 51 milhões de votos (43,2%).
- O povo brasileiro carece de uma alternativa para os quase 10 anos de crise econômica, social e política. De forma genuína, deram o voto em Lula 13 para derrotar a miserabilidade que significa o governo Bolsonaro. Mas uma parcela significativa da população, alimentada pelo sentimento anti-petista, ainda acredita que Bolsonaro representa um projeto de poder popular. Nossa tarefa agora é: 1) Convencer com todas as nossas forças as pessoas pelo Voto em Lula 13 no segundo turno para derrotar Bolsonaro e seu projeto neoliberal autoritário de supremacia branca, patriarcal; 2) Apresentar um programa de mobilização para saída da crise brasileira.
- São mais de 100 (cem) milhões de brasileiros pobres que não têm o que comer. Aumentou o desemprego na casa dos milhões e a população que vive nas ruas das grandes cidades abandonada e sem assistência social. Também aumentou o custo de vida com a alta do preço dos alimentos, do gás de cozinha, luz elétrica, aluguel, transporte e tarifas públicas. Para sair do sufoco e sobreviver, mais de 80% das famílias estão endividadas.
- Para impedir que essa situação catastrófica se aprofunde chamamos o voto em Lula 13 sem baixar a guarda na luta para que os milionários e bilionários paguem pela crise; por comida no prato com redistribuição e fundo nacional alimentar; por emprego pleno, com aumento salarial igual ao custo de vida na inflação real; pelo cancelamento de todas as reformas impopulares; pela reestatização de todos os nossos patrimônios; pelo fim da taxação dos salários, dos produtos da cesta básica e serviços essenciais e taxação do lucro dos bancos e grandes fortunas, pela educação e saúde 100% pública; pelo combate ao racismo, machismo, etnocídio, lgbtfobia e capacitismo; pela redistribuição das terras para o povo e pela sobrevivência de nosso meio ambiente contra o extrativismo capitalista; demarcação das terras indígenas e quilombolas e fim do garimpo ilegal e da grilagem de terras, pela memória dos quase 700 mil mortos do genocídio de Bolsonaro e para impedir que mais pessoas morram. Pelo desenvolvimento científico nas universidades públicas e gratuitas e pela soberania nacional.
- Devemos convocar a mais ampla mobilização de rua, como fizemos em 2018 com o #EleNão, ou em 2021 com os grandes atos #ForaBolsonaro, formando comitês, assembleias, reuniões em locais de trabalho e moradia, chamando o voto em Lula 13 e somando nesse movimento a construção de um projeto político classista, anticapitalista e revolucionário, contra Bolsonaro, o bolsonarismo e o sistema capitalista que os produziu.
O tempo urge! Fora Bolsonaro! Às ruas pelo voto em Lula 13 e por um programa para a classe trabalhadora!
São Paulo, 06 de outubro de 2022
Comitê de Enlace – Luta Socialista / Alternativa Socialista (Correntes internas do PSOL)