I CONGRESSO PAN-AFRICANO DA LIS: Resolução sobre as mulheres

A situação das mulheres africanas é cada vez mais complicada. As barbaridades já superadas em outras partes do mundo ainda estão presentes em África, o que torna necessário debater estas questões de forma abrangente e encontrar soluções para acabar com os problemas que afetam as mulheres em África.

Alguns dos problemas observados são:

  • Violência contra mulheres.
  • Casamento infantil.
  • Mulheres nas guerras do Saara Ocidental, no Níger e em outras zonas devastadas pelos conflitos.
  • Mutilação genital feminina.
  • Pobreza.
  • A disparidade de gênero na educação.
  • A disparidade de gênero no emprego
  • Falta de acesso a cuidados médicos, habitação adequada, alimentação e serviços sociais básicos.
  • Sub-representação e falta de participação na política.
  • Discriminação contra mulheres.

Estamos num momento de crescimento do fascismo, onde o terror já não pode usar representantes e disputar eles próprios o poder político, onde é evidente que não podemos continuar destruindo os ecossistemas que sustentam a vida. Mesmo assim, alguns continuam incendiando o planeta sem pensar no impacto irreversível, sem pensar numa possível extinção de todas as espécies. Onde o Dia Internacional da Mulher Trabalhadora foi escolhido para celebrar as mulheres que lideram guerras e lançam bombas, mesmo quando outras mulheres e seus filhos que estão na linha de fogo, em que homens da classe trabalhadora são sacrificados em guerras que não sabem sequer o motivo.

Nossa alternativa:

O primeiro passo é organizar campanhas e programas de conscientização sobre os problemas destacados. Estruturar todos os mecanismos necessários para sensibilizar as mulheres e mostrar ao mundo as consequências do imperialismo, como este afeta a liberdade, a estabilidade e o desenvolvimento das mulheres. A sociedade capitalista tem contribuído para limitar a educação e a sensibilização das mulheres, com empecilhos em suas lutas por seus direitos e bem-estar mental. Por isso, propomos campanhas em nome dos movimentos revolucionários pan-africanistas para conscientizar as mulheres na luta pelo bem-estar mental, físico e econômico para alcançar a igualdade.

Queremos apelar à Comissão de Gênero da LIS e às Comissões de Mulheres dos nossos vários movimentos revolucionários para liderarem a luta pela emancipação das mulheres na África e no mundo. Para isso, a mobilização popular e a ação coletiva são fundamentais.

Exigimos a abolição das práticas culturais que proíbem a liberdade e o gozo da liberdade pelas mulheres.

Viva Mulheres, Viva!

Viva a Comissão de Gênero da LIS.