1º Congresso da LIS: Resolução sobre Nicarágua

Visto e considerando

  • Que na Nicarágua se consolidou um regime ditatorial contra o movimento de massas e que especialmente existe uma repressão a toda atividade democrática, da vanguarda operária, estudantil, camponesa e popular;
  • Que, para se manter no poder, o governo Ortega-Murillo, e para instruir a população como um todo, mantém centenas de presos políticos, somados aos mortos, feridos e desaparecidos desde a rebelião de abril de 2018;
  • Que a contradição fundamental reside no fato de que o regime de oposição mais visível é o capitalista, parceiro durante anos do atual governo, assessorado pelo imperialismo ianque e que obviamente não representa uma saída positiva para as massas pobres e a juventude;
  • Que existe um movimento objetivo com dezenas de milhares de exilados, principalmente na Costa Rica, que são um campo de intervenção concreta para as lutas por nossas posições independentes;
  • Que nosso jovem grupo fundador tem dado uma luta implacável contra a ditadura, contra o campismo que a justifica e contra as tendências “malmenoristas” de união com a oposição empresarial Azul e Branca;
  • Que no marco de nossa estratégia para uma Federação de Repúblicas Socialistas da América Central e do Caribe e governos operários e camponeses, nossas atuais consignas de ação são “fora Ortega-Murillo”, “liberdade para todos os presos políticos” e para “uma Assembleia Constituinte Livre, Soberana, Democrática e Plurinacional”;
  • Que por tudo isso, a chave é fortalecer a construção da Alternativa Anticapitalista como uma seção da LIS na Nicarágua;

Este 1º Congresso da LIS resolve:

  • Realizar palestras, fóruns, jornadas e atividades de agitação e propaganda para divulgar nossas posições em relação a esse processo.
  • Promover uma campanha pela liberdade dos presos, com fotos, vídeos, palestras e protestos nas embaixadas, em coordenação com as lideranças da LIS eleitas neste 1º Congresso.
  • Preparar e desdobrar uma orientação sobre o movimento de exilados da Nicarágua, especialmente sobre os residentes da Costa Rica, no caminho para preparar o retorno de nossos próprios quadros e militantes exilados.