Por Comitê de Enlace – Alternativa Socialista e Luta Socialista – LIS, Brasil
No dia 2 de outubro, no meio de uma crise econômica que está provocando aumentos históricos nos índices de desemprego, pobreza e fome, o Brasil vai votar presidente, governadores, deputados federais e estaduais. A crise crescente coloca o espectro de uma explosão social que a burguesia tenta evitar por todos os meios possíveis. O projeto de conciliação de classe da Frente Ampla com Lula e Alckmin na frente, é hoje a melhor aposta do poder econômico, mais isso não faz desaparecer a extrema direita bolsonarista que ainda mantém um 30% do eleitorado, segundo as pesquisas. A polarização política está instalada nas ruas, ainda assim, existe um expressivo espaço a esquerda que chega a ter o 5% e 11% em estados importantes como São Paulo e Rio de Janeiro.
“Lula-lá” não é suficiente para barrar Bolsonaro e o bolsonarismo
Bolsonaro continua perdendo apoios no andar de cima, tanto dentro como fora do Brasil. As bravatas antidemocráticas não conseguem convencer mais que a seu círculo de milicianos, empresários corruptos e uma base que, segundo as pesquisas, significa o 30% do eleitorado. Isso não é suficiente para se lançar numa aventura golpista, o que não significa que não seja tarefa prioritária derrotar esse governo de miséria, violência e fome. Foi o que defendemos sempre, mesmo quando alguns falavam que a “onda conservadora” tinha chegado para acabar com todas as conquistas democráticas, também agora, onde esses mesmos hoje se somam ao vagão de Lula e o PT que chamam a confiar nas urnas e fortalecer o regime democrático burgues brasileiro. A esquerda socialista deve ser clara e contundente: é urgente barrar Bolsonaro e o bolsonarismo, para isso a única saída é construir e fortalecer a mobilização nas ruas, sem confiança nos governos burgueses e suas instituições, no caminho de construir uma ferramenta politica independente, anticapitalista e socialista e assim lutar por um governo dos e das que nunca governaram, um governo do povo trabalhador e pobre.
Se equivoca a direção majoritária do PSOL em abandonar a construção de uma alternativa politica independente, caindo nos cantos de sereia da Frente Ampla de conciliação de classe com Lula e Alckmin na frente. Nestas eleições, a esquerda tem que apresentar seu programa em favor das conquistas e direitos das maiorias, ninguém mais pode fazê-lo. Só as e os socialistas podemos propor as verdadeiras soluções contra o desemprego, a carestia, a violência, a destruição ambiental e a fome. Começando pela urgente ruptura com o agronegócio, os bancos e as corporações, nacionalizando a banca e o comercio exterior, para assim organizar e planejar democraticamente a economia e a produção, de acordo com as necessidades do povo.
Nós do Comitê de Enlace – Alternativa Socialista e Luta Socialista, correntes internas do PSOL e integrantes da Liga Internacional Socialista- não aceitamos esse caminho liquidacionista e levantamos nossas candidaturas classistas, anticapitalistas e socialistas para essas eleições em todo o país.
Candidaturas socialistas que não fogem da luta!
Em Pará: A candidatura coletiva 50225, do “Coletivo de luta. Em defesa do serviço público”, para Deputades Estaduais, com a companheira Sílvia Letícia na frente junto com Rayme Sousa, Karina Lopes, Andréa Matos e Wladimir Varela, e que tem por objetivo derrotar o plano de ajuste fiscal do presidente Bolsonaro (PL) e do governador Helder Barbalho (MDB) que juntos arrocharam salários, sucatearam os serviços públicos em plena pandemia da Convid-19 e retiraram direitos dos servidores públicos como a reforma da previdência. Reforçando que é necessário derrotar Bolsonaro nas ruas para depois derrotá-lo nas urnas
Em Paraná: O companheiro Jean Henrique 50123, para Deputado Estadual, levanta as bandeiras da classe trabalhadora, as periferias, as mulheres, es lgbtqia+ e o povo preto. Com a palavra de ordem principal, “Somos uma Alternativa Socialista contra Bolsonaro e Rato, sem alianças com a direita!”, propomos um programa para enfrentar os ataques de um governo aliado com o agronegócio extrativista e as corporações do campo e a cidade, sem confiança nas alianças com os exploradores. Chegou a vez das e dos anticapitalistas e socialistas no estado de Paraná!
Em São Paulo: A candidatura coletiva 50222, para Deputadas Estaduais, “Unidas na Luta” que reúne cinco mulheres de diferentes frentes de luta. São trabalhadoras, professoras, mães, estudantes e artistas. Com a Professora Suzete na frente, junto com Vanderleia, Amanda, Maura e Luciana, se apresentam como “candidatas por entender que precisamos de politicas que representem a classe trabalhadora, as mulheres, a juventude, a classe artística e o povo periférico”.
Em Rio Grande do Norte: O Professor Joaquim 50222, para Deputado Estadual, é um trabalhador, servidor público, que está por um mandato em defesa dos serviços públicos gratuitos e com qualidade.
Em Distrito Federal: Apresentamos as Candidaturas para Deputada e Deputado Distrital de Juliana de Freitas e Angelo Balbino com o slogan Lute como uma Professora – Fora Bolsonaro e o governador Ibanez.
Todas as nossas candidaturas do Comitê de Enlace (Alternativa Socialista e Luta Socialista) são Candidaturas das estruturas onde temos trabalho político. O centro é a construção e o fortalecimento de um verdadeiro polo de esquerda e revolucionário que chama a não depositar confiança no próximo governo que seja eleito. Nossas Candidaturas procuram integrar ainda mais as duas organizações que compõe o Comitê de Enlace rumo a unificação de nossas organizações políticas.