Crônicas da Palestina 21: invasão sionista ataca os hospitais restantes

O exército sionista cerca e ataca hospitais que abrigam milhares de doentes e refugiados. Israel afirma que está avançando contra o Hamas, mas não consegue mostrar nenhuma conquista militar, apenas massacre de palestinos indefesos. O número de palestinos mortos, desde 7 de outubro, subiu para 11.261, com pelo menos 4.546 crianças. O número de hospitais que ficaram fora de serviço desde o início da ofensiva israelense em Gaza chegou a 21.

Quinta-feira, 9 de novembro

Um ataque israelense atingiu um carro no pátio do Hospital al-Shifa na Cidade de Gaza. As proximidades do Hospital Indonésio foram atingidas por 11 mísseis, danificando partes das instalações. O hospital anunciou que interromperá suas operações por 24 horas após o ataque. O hospital infantil Al-Nasr foi atingido duas vezes.

O banco de sangue de Gaza foi bombardeado e ficou fora de serviço após um ataque israelense “direcionado”.

A artilharia israelense atacou um grupo de moradores na rua Al-Shifa, em Gaza.

A ONU diz que 5.500 mulheres darão à luz em Gaza nas próximas duas semanas

O número é um forte lembrete da emergência médica em curso em Gaza, onde a escassez crítica de combustível e outros suprimentos forçou hospitais superlotados a fecharem ou operar com capacidade mínima. O Fundo de População da ONU disse que há um total de 50 mil mulheres grávidas no enclave.

Agora, em Jenin, as forças de segurança da Autoridade Palestina e os combatentes da resistência estão lutando lado a lado. Pelo menos 18 palestinos foram mortos hoje pelas forças israelenses na Cisjordânia ocupada, incluindo 14 em Jenin.

Um drone iemenita atacou profundamente a cidade de Eilat e os sistemas de defesa não conseguiram destruí-los. Duas bases que abrigam tropas dos EUA no Iraque foram atacadas em al-Anbar e Erbil.

Explosão causada pelo drone iraniano contra Israel

O ministro das relações exteriores do Irã afirmou que “Devido à crescente intensidade da guerra em Gaza, a ampliação da guerra tornou-se inevitável”.

A Casa Branca disse que Israel concordou com pausas diárias de quatro horas nos combates em Gaza, o que permitiria que as pessoas fugissem do norte para o sul ao longo de dois corredores humanitários. Embora não tenha sido cumprida, a discussão sobre as pausas de quatro horas ilustra o pesadelo que os palestinos de Gaza estão vivendo há mais de um mês, com bombardeios constantes e sem trégua.

Sexta-feira, 10 de novembro

As tropas israelenses estão estacionadas no bairro de Tel al-Hawa, no campo de refugiados de al-Shati e até mesmo na parte leste de Gaza. Estão a um quilômetro de distância do hospital Al Shifa.

O Al Shifa já está completamente cercado por tanques. Israel está exigindo sua evacuação e atacaram.

Os tanques israelenses já cercam vários hospitais em Gaza, dizem as autoridades de saúde, já que o hospital Al-Shifa, na Cidade de Gaza, foi atacado cinco vezes em menos de 24 horas.

Hospital Al-Shifa

Pelo menos 50 pessoas foram mortas depois que mísseis e artilharia israelenses atingiram uma escola em Gaza que abrigava pessoas expulsas. De acordo com testemunhas, as pessoas que fogem pela estrada principal para o sul de Gaza também estão sendo alvo.

Caças bombardearam um grupo de desabrigados na Salah al-Din Street em direção ao sul.

Os combates nas áreas urbanas da Faixa de Gaza atingiram níveis críticos à medida que as forças de ocupação israelenses avançam e se aprofundam.

Al-Shati, o terceiro maior campo de refugiados da Faixa de Gaza, sofreu alguns dos mais pesados bombardeios israelenses durante a guerra, com dezenas de civis mortos.

Os militares israelenses disseram que mataram 150 combatentes do Hamas e destruíram locais de lançamento, produção de munições e planejamento militar no local. No entanto, Dawud Shehab, porta-voz da Jihad Islâmica Palestina, disse à Al Jazeera que Israel não havia atingido nenhum alvo militar em Gaza.

Dezenas de manifestantes pró-palestinos bloquearam as entradas das instalações de fornecedores militares no Reino Unido e nos EUA na sexta-feira, exigindo o fim da venda de armas para Israel.

As manifestações foram acompanhadas por sindicalistas segurando faixas e bandeiras palestinas do lado de fora de uma fábrica da BAE Systems, no sudeste da Inglaterra, na sexta-feira, tendo como alvo o maior fornecedor militar do Reino Unido. As manifestações de solidariedade à Palestina continuam nas ruas de todo o mundo.

The Washington Post: 750 jornalistas assinam uma carta criticando a cobertura da mídia ocidental sobre o massacre em Gaza e condenando o assassinato de jornalistas por Israel.