Comunicado de imprensa emitido pela Campanha de Defesa Sindical do Paquistão (PTUDC), a Federação Nacional de Estudantes de Jammu e Caxemira (JKNSF) e a Frente de Estudantes Revolucionários (RSF).

Em uma declaração conjunta, a Campanha de Defesa Sindical do Paquistão (PTUDC), a Federação Nacional de Estudantes de Jammu e Caxemira (JKNSF) e a Frente de Estudantes Revolucionários (RSF) destacaram que as massas trabalhadoras da região devem rejeitar firmemente a histeria de guerra fomentada pelas classes dominantes tanto da Índia quanto do Paquistão. A guerra não é solução para nenhum problema; ao contrário, fortalece o sistema capitalista explorador e empurra os pobres e oprimidos de ambos os países para o abismo da miséria, destruição e precariedade.

Ao longo das últimas oito décadas, ambos os Estados recorreram repetidamente a narrativas de ódio e hostilidade mútua como ferramenta para distrair suas populações das crises políticas e econômicas internas. Ainda que, ocasionalmente, surjam episódios hipócritas de “diálogo pelo diálogo”, ambas as partes vêm se dedicando, ao mesmo tempo, à prática condenável de transformar os legítimos e autênticos movimentos de libertação nacional da região em instrumentos de guerra.

Acreditamos que, seja na guerra ou no terrorismo, o peso sempre recai sobre os ombros da classe trabalhadora. Para as potências imperialistas e seus lacaios locais, o derramamento de sangue serve apenas como meio de lucro e dominação.

Fazemos um apelo a todos os trabalhadores, sindicatos e organizações estudantis para que levantem suas vozes contra a histeria belicista e difundam uma mensagem de paz, solidariedade e unidade de classe entre os povos dos dois países.

Exigimos que os governos da Índia e do Paquistão ponham fim imediato a todas as formas de hostilidade armada — diretas ou indiretas — entre si. Dado que ambos possuem armas nucleares, uma guerra em larga escala poderia causar uma devastação inimaginável, com a perda de milhões de vidas e a condenação das futuras gerações à fome, às doenças e a condições ainda piores. Por isso, os recursos do Estado não devem ser desperdiçados em armamentos militares, mas destinados a suprir as necessidades básicas da população, como educação, saúde, moradia e emprego.

Por fim, reiteramos a posição histórica de Vladimir Lênin: enquanto existir o capitalismo imperialista, existirão guerras e destruição. Além disso, toda nação oprimida da região — incluindo Jammu e Caxemira — tem o direito de determinar seu próprio destino por meios pacíficos e democráticos. É fundamental que os povos da região rejeitem todo tipo de preconceito sectário, étnico, religioso e nacional, unindo-se em uma luta coletiva pela revolução socialista. Acreditamos que uma Federação Socialista do Sul da Ásia, como elo vital da cadeia da revolução socialista mundial, é a chave para garantir o desenvolvimento, a prosperidade e a emancipação dos mais de 2 bilhões de pessoas que vivem nesta região.